Sábado | 26 de Maio

A ÓRFA DO REI, de José Mena Abrantes
(Grupo OPECADO / Brasil)

“A Órfã do Rei” nasce do  desejo de experimentar um fazer teatral implicado e atento ao universo conflituoso e belo que compõe cada ser humano.

A Órfã representa o feminino primitivo (primeiro), negado e escondido dentro de cada um de nós. O feminino que deseja aflorar-se e tornar-se.  Trata também do conflito cultural existente no ocidente com relação à cultura africana. Ela é uma mulher branca que se vê dividida entre sua formação cristã e o desejo de liberdade e beleza de ser com o corpo inteiro, característica que ela inconscientemente projecta na mulher e no homem africanos. (Suelma Costa)

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
 

O ENCENADOR

JULIANO BRITTO, actor, director e professor inicia a sua jornada nos palcos da vida ao participar do “Projecto Chapéu de Palha”, oferecido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, que buscava revitalizar as raízes culturais do interior do Estado.  Juliano tinha acabado de deixar o Seminário (estava a preparar-se para ser Padre). Desde então, o teatro tornou-se parte do seu dia-a-dia.

Actuou em “Incompatibilidade”, “Bidi”, “Apocalipse Man”, “Pensar fluidos” e “Calu e o Rei Raul” do Autor e Director Octávio Motta, entre outros.

Juliano Britto fez parte do Grupo de Teatro Gota, do Grupo Poeiras e de mais outros três grupos. Graças à movimentação desses grupos, Valença foi uma das primeiras cidades do interior da Bahia a ser contemplada com um Centro de Cultura pela FUNCEB.

Como Director, Juliano trabalhou em “A serpente” de Nelson Rodrigues, “Ao ídolo invicto: O Diabo em forma de Mulher” de Zé António Salgado, “Bob esponja” e “A turma do Shurek”, espectáculos infantis.

Juliano Britto integra, desde 2005, OPECADO (Oficina de Criação Permanente Deus Omini), onde dirigiu em 2007 o espectáculo “Teatro nu”, trabalho classificado em o primeiro lugar no I Festival de Teatro de Valença.


O GRUPO

OPECADO na verdade não chega a ser um grupo institucionalmente organizado, mas sim um colectivo de artistas valencianos. Surgiu em 2005. Os seus primeiros integrantes montaram o espectáculo cénico “Teatro Nu”, cuja montagem rendeu-lhes os prémios de melhor espectáculo e melhor interacção com a plateia no Festival de Teatro do Baixo Sul.

OPECADO, enquanto Oficina permanente, sempre se propôs  fazer arte questionando o seu fazer artístico. No seu manifesto inicial afirmava-se como “um grupo de artistas sem pretensões de formar qualquer tipo de instituição legal”. Actualmente, os integrantes do Grupo estão envolvidos no projecto Ocupação Cultural, uma espécie de sarau realizado periodicamente no Centro de Cultura de Valença. A Ocupação Cultural tem sido destaque por promover um amplo diálogo com diversos artistas do Baixo Sul. Ao longo de um ano e meio, por lá já passaram mais de 100 artistas dos mais variados ramos das artes, promovendo um grande intercâmbio cultural.

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